sábado, 19 de abril de 2014

A CIGANINHA - PARTE 2




Na semana seguinte ao encontro, no trabalho prevaleceu a discrição. Ninguém deveria saber que estávamos nos envolvendo. E assim foi, no trabalho, apenas as conversas habituais e trocas de olhares singelas, mais que um e o outro sabiam o que significa. Assim foi a semana toda. Estava evidente que havia um sorriso nos nossos rostos. Não poderíamos ignorar tal envolvimento.

Pelo MSN a conversa pegava fogo, e logo chamei ela para um segundo encontro. Nos encontramos no habitual Shopping (Point de encontro da minha cidade), e marcamos de ir ao cinema. Propositadamente e de comum acordo escolhemos uma sala vazia, que desse menos público. Sinceramente não me lembro o nome do filme agora, mas se havia 15 pessoas na sala foi muito. Sentamos lá em cima, longe da vista do homem do retroprojetor rsrs... e nos beijamos o filme todo, eu botei a minha mão por cima da bermuda que ela tava usando e comecei a masturbar ela por cima da bermuda mesmo, enquanto que ela pegava no meu pau por cima da calça, Eu avancei um pouco mais e minha mão ficou entre a bermuda e a calcinha, sentí o cheiro do seu tesão subir o meu cérebro, senti a calcinha molhada em meus dedos, massageei seus seios por baixo da blusa e continuei a beijar, deuses eu estava louco para levar aquela mulher ao motel.


"DAÍ, PARA TUDO."


Nada de beijos, nada de mão naquilo, mais nada. Ela simplesmente pediu para parar. Respeitei (Eu sou um respeitador do sexo feminino), e o máximo que eu consegui foi continuar os beijos, mas sem mão boba.

Saímos do cinema e fomos caminhando em direção a saída do Shopping. Sentei com ela em uma das saídas (A menos movimentada), e ficamos longo tempo nos beijando e conversando, foi quando ela me falou de sua ascendência cigana e de quanto sentia a falta de sua mãe que era cigana e a abandonou enquanto criança e disse que estava ainda a procura dela. No final da noite ela despediu-se de mim como que se fosse a última vez que eu a veria. Não dei muita importância, pois eu a veria no trabalho na semana seguinte.

Na semana seguinte eu soube que ela havia sido demitida do trabalho. Tentei conversar com ela no MSN por diversas vezes sem sucesso. Até que um dia IN OFF, ela veio a mim e sentenciou as palavras.

"Léo, me desculpe pelo sumiço, mais é que eu estou doente e até que essa doença vá embora eu não vou mais me encontrar com você. A minha doença é Câncer de mama, e eu passarei por intensas sessões de quimio e vou perder todo o meu cabelo, assim disse o médico. Eu não quero que você me veja assim, e não quero que ninguém me veja assim. Até a minha cura então."

Daquele dia em diante, eu nunca mais há vi no MSN. Não sei que fim levou? Não sei se está viva ou morta. E tal qual o povo cigano, a ciganinha sumiu. Ficou apenas um vazio. Um vazio.

Um comentário:

  1. Olá Lorde.
    Gostei muito da forma que escreve. Li todos os texto,e a partir de agora,sou sua seguidora. Parabéns!

    Beijos

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